O juiz substituto de 2º grau do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) e membro do Conselho Consultivo e Fiscal do Instituto Paulista de Magistrados (IPAM), Marco Antonio Martin Vargas é o quarto entrevistado do IPAM Talks, que foi ao ar nesta quarta-feira (24).
No novo episódio do programa, veiculado pelo IPAM, o magistrado falou sobre a atuação da Justiça Eleitoral nas eleições municipais deste ano no Brasil e as perspectivas em relação ao processo eleitoral do país em 2026, quando ocorrerá a eleição presidencial.
“A Justiça Eleitoral garante a democracia brasileira, e um exemplo muito efetivo que nós tivemos foram as últimas eleições presidenciais, marcadas por uma polarização muito grande. Graças à atuação efetiva e eficaz da Justiça Eleitoral, por intermédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nós tivemos todo o processo eleitoral garantido”, ressaltou o juiz.
Marco Antonio Martin Vargas também falou sobre a disseminação de notícias falsas durante o período eleitoral e afirmou que o TSE tem se debruçado sobre a questão da desinformação desde a criação de um comitê de enfrentamento nas eleições municipais passadas. “Não tenho dúvidas de que o TSE vai conduzir e conseguir ter um controle efetivo para minimizar essa desinformação. Mas o eleitor é o verdadeiro ator de combate à desinformação. Se ele tiver a preocupação e, ao invés de apertar o botão de reenviar, se preocupar em verificar aquele conteúdo, não vai ter condição de a desinformação ter a sua efetividade.”
O magistrado também reforçou a segurança das urnas eletrônicas e a confiabilidade do sistema eleitoral. “Eu, há muito tempo envolvido com esse assunto, posso garantir que o processo é altamente seguro. Primeiro no que se refere a urna, que não tem contato com a internet e trabalha sem qualquer contato externo e sem que qualquer mecanismo externo possa interferir”, afirmou ele, que explicou também alguns dos procedimentos realizados para garantir a veracidade dos resultados registrados. “Nós temos toda essa onda de desconfiança elaborada por determinadas camadas da sociedade interessadas em descredibilizar a Justiça Eleitoral. No entanto, não temos partidos se insurgindo com relação a essa credibilidade.”
Ouça abaixo o o podcast IPAM Talks.