Começa 2ª fase do Projeto de Formação de Justiça Restaurativa em Tatuí

Nesta quinta-feira, dia 22 de agosto, teve início a Formação de Facilitadores de Processo Circular, segunda fase do Projeto de Formação de Justiça Restaurativa no Município de Tatuí, realizado em parceria com o IPAM e a Secretaria de Educação Municipal. As 30 vagas da formação, cujo percurso será conduzido pela formadora Sabrina Paroli, foram totalmente preenchidas.

A formação prática será realizada durante este mês, no Núcleo Comunitário de Justiça Restaurativa do Município (localizado à Praça Paulo Setúbal, 71 – Centro, Tatuí – SP, CEP 18270-200), e ocorrerá de forma majoritariamente presencial, com exceção do último encontro. Essa segunda fase dará continuidade à capacitação teórica, que foi o Curso Introdutório realizado de abril a junho, primeira etapa do projeto de expansão da Justiça Restaurativa no Município.

A supervisora da Secretaria Municipal da Educação, Talita Camargo Albiero Facella, deu um depoimento sobre a formação: “Gostaria de compartilhar minhas impressões sobre a imersão do último final de semana. Como diz o ditado, é preciso ver para crer. E eu vi! Percebi que falar sobre mim é um ato de coragem, que ouvir a história do outro é aprender com seus erros e acertos, e que ouvir é necessário e falar é reconfortante. O curso para facilitadores da JR está sendo uma experiência incrível para mim. Ele me causou muitas reflexões e me fez ampliar minhas ideias, que talvez estivessem pré-concebidas de maneiras não tão boas. Estou muito feliz por estar imersa nessa concepção de humanismo e ansiosa para os próximos encontros”.

O professor da EMEF Alan Alves de Araújo, Lucas Vedeschi Sampaio, disse que “está bastante animado com o curso, pois proporciona ferramentas valiosas que pretendo aplicar diretamente no ambiente escolar com meus alunos. Minha expectativa é que, com esse conhecimento, eu consiga lidar de maneira mais eficaz com os conflitos que já estejam acontecendo na escola e, mais importante ainda, atuar na prevenção desses conflitos. O objetivo é fomentar uma cultura de paz e convivência saudável entre os alunos. Além disso, vejo que as técnicas de Justiça Restaurativa têm um grande potencial de aplicação em outros setores da minha vida. Espero poder utilizá-las também no ambiente familiar, em cursos dos quais participo, e em coletivos nos quais estou envolvido. Acredito que essas práticas poderão contribuir significativamente para melhorar a comunicação e resolver conflitos de forma mais construtiva em diferentes contextos. Uma das minhas maiores expectativas em relação ao curso é adquirir autonomia na condução dos círculos restaurativos. Quero sair deste curso com uma compreensão clara sobre como estruturar um círculo, desde o começo, passando pelo desenvolvimento do processo, até o seu encerramento. Entender na prática como aplicar o círculo da Justiça Restaurativa é essencial para que eu possa implementar essa metodologia com confiança. Nas primeiras aulas presenciais, já tive a oportunidade de vivenciar algumas práticas, o que foi extremamente enriquecedor. Estou me preparando para um grande desafio: conduzir um círculo na prática. Estou ao mesmo tempo animado e apreensivo, mas acredito que esta será uma oportunidade fundamental para colocar em prática tudo o que aprendi na parte teórica. Estou ansioso para ver os resultados dessa experiência e como ela vai impactar meu trabalho e minhas interações cotidianas”.

E a psicóloga Ana Maria Aparecida da Silva acrescentou que “o curso está sendo bem prático e dinâmico. A facilitadora é maravilhosa e detém muito conhecimento no assunto e o mais importante repassa esse conhecimento com leveza. As vivências experimentadas até o momento, cada vez mais, nos coloca na expectativa de viver mais e mais. Os encontros nos proporcionam aprendizados e conhecimentos. O papel do facilitador ele não detém o controle do círculo ele apenas faz parte do processo. Sempre respeitando os princípios norteadores e o sentido que se espera do círculo restaurativo”.

Para aprovação na formação, que é uma metodologia de Justiça Restaurativa, é necessário que os participantes tenham frequência mínima de 75%.

O Processo Circular – ou Círculos de Construção de Paz – é uma metodologia inspirada em práticas dos povos originários do norte do Canadá, transmitidas pelos irmãos Phill e Harold Gatensby e sistematizadas pela professora norte americana Kay Pranis. Segundo levantamento realizado em 2019 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é a mais buscada e utilizada em programas e formações de Justiça Restaurativa no Brasil.

Confira abaixo as datas e horários da formação:

– 29/08/2024 (quinta-feira), das 18h00 às 22h00

– 30/08/2024 (sexta-feira), das 8h00 às 17h00

– 31/08/2024 (sábado), das 08h00 às 17h00

– 05/09/2024 (quinta-feira), das 18h00 às 22h00: único encontro on-line, pela plataforma Google Meet.

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